Receita básica para um roadster divertido e um dos veículos mais cultuados por quem gosta de carros, o Mazda Miata nunca foi fabricado nem vendido (exceto por importação) pela marca japonesa no Brasil. No entanto, isso não impediu os brasileiros de gostarem do modelo. Seja pelo contato com os modelos que foram importados por sites, vídeos no youtube ou mesmo jogos de videogame, o pequeno roadster criou uma legião de entusiastas no país. No entanto, um de seus criadores deu adeus.
O designer Shunji Tanaka, criador do Miata original de 1990, foi o projetista chefe original do carro, encarregado de levar o conceito à produção. Ele faleceu no início do mês, aos 75 anos de idade. Quem anunciou foi um amigo, pelo facebook, dizendo que as últimas palavras de Tanaka foram “eu não tenho arrependimento em minha vida”.
O Miata surgiu após a marca japonesa promover uma competição entre seus estúdios de design global, com o carro da equipe da Califórnia vencendo o design de Tóquio. A partir daí, Tanaka ficou encarregado de passar para o modelo de produção as linhas do conceito, dando origem ao desenho do primeiro Miata. Ele ainda ficou alguns anos na Mazda, até ir para a Kawasaki projetar motos, deixando antes alguns trabalhos de design para o sedã 929.
E o Miata?
Atualmente em sua quarta geração, o roadster já está bem diferente do conceito original de 1990, mas segue com a mesma fórmula básica: dimensões compactas, peso baixo, dois lugares, tração traseira e dirigibilidade afiada. Para 2030 é esperada uma eletrificação no Miata, algo que muitos fãs mais puristas não veem com bons olhos, uma vez que pesados motores elétricos poderiam afetar o equilíbrio dinâmico do roadster, que é uma de suas características mais notáveis. Uma possibilidade pode ser um conjunto híbrido leve com um motor potente. De toda forma, o desejo é que, independente do que vier nos próximos anos, tenha aquilo que Junchi Tanaka criou há mais de 30 anos.
Com informações do site Motor1