A Honda anunciou esta semana a chegada do novo Accord híbrido para o mercado brasileiro, ainda sem prazo de lançamento. O presidente da montadora, Issao Mizoguchi, está no Japão e na ocasião reforçou a proposta da montadora de até 2023 vender três modelos híbridos no Brasil. Todos importados.
O Civic poderá ser o próximo da fila para o combate direto ao Corolla? O fabricante não confirma mas tudo leva a crer que essa hipótese poderá se tornar viável com a mudança do veículo. Não agora.
Quanto ao novo Fit, com a tecnologia híbrida apresentada no Tokyo Motor Show, na quarta-feira passada, a montadora também não revela detalhes, mas todas as versões lançadas foram híbridas e não plug-in. Nada de tomada para carregar o carro.
A bateria é alimentada pelo propulsor a combustão e quando você pisar no freio ou reduzir a velocidade ela recebe energia. Os elétricos trabalham de forma independente e são dominadores. Na hora de apertar o pé, acelerar mais, o motor a combustão manda potência extra para o sistema elétrico, de 2 motores, que dá as ordens para as rodas.
O anúncio é feito no mesmo momento em que a Honda apresenta globalmente a sua nova nomenclatura e:TECHNOLOGY para veículos eletrificados. O e:HEV é a nova identificação para veículos híbridos, substituindo o nome i-MMD.
O Accord foi escolhido para estrear a tecnologia e:HEV no Brasil pelo fato de ser o modelo mais tecnológico comercializado pela marca localmente e, também, por representar o topo do desenvolvimento de sedãs da Honda. “Com o Accord híbrido, a Honda pretende proporcionar aos consumidores brasileiros um produto que combina baixo consumo e emissões de poluentes a um comportamento dinâmico superior”, explica Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America.
Motores
O novo Accord terá dois motores elétricos mais um a combustão e as potências não combinadas são de 184 cv na gasolina entre 5 mil e 6 mil rpm e 145 cv nos elétricos aos 6200 giros.
A tecnologia Honda e:HEV é composta de um motor 2.0 i-VTEC de quatro cilindros a gasolina, ciclo Atkinson, que funciona tanto para propulsão como para fornecimento de energia elétrica, e dois motores elétricos – um para propulsão e outro para geração, separados.
Pela configuração adotada para o sistema, não se faz necessário um conjunto de transmissão, sendo a conexão do motor a combustão com o eixo motriz controlada por um sistema de embreagem do tipo lock-up, com relação direta.
Mais divertido
Ao contrário da proposta Toyota, a concorrente deseja entregar mais alegria para quem dirige veículos literalmente comportados, digo os modelos híbridos que apresentam como primeira proposta a economia e o rendimento.
O fun drive do Accord é dinâmico e a função “poupar gasolina” está combinada com o prazer de dirigir. Lembro que quando você aplicar o modo esportivo no botão do console central e os motores conectarem o “estilo força” o carro ganhará uma nova pegada.
O sedã de grande porte não tem alavanca de marchas e nem precisa porque a transmissão é E-CVT mas dá para se divertir sem tirar as mãos do volante e os dedos das borboletas. Na base do console, que serviria para alavanca, existem os botões de drive, neutro, marcha ré, modo eco, EV e Sport, freio de mão eletrônico e o brake hold.
No visual, o Accord com a parte sensorial Honda Sense é precisamente igual ao importado a gasolina mas será identificado com a sigla HEV a partir de agora. A Honda também promoveu o teste drive do CR-V híbrido que tem o mesmo conjunto mecânico do sedã.
Autor: Jorge Moraes.